terça-feira, 26 de agosto de 2008

I'm a soul singing - sing along!

Ái lóvi Bléqui Crôues!!!

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sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Olímpicas - epílogo

Guilherme, bom amigo e leitor, deixou um comentário que quero trazer pra cá (conforme veio):

"Mas vejamos bem, o que era a ginástica olímpica brasileira a 10 anos atras? ou até menos sei lá! somente depois de um patrocinador robusto é que a coisa começou a andar, quantas Daianes, Jades, Diegos, Cesar Cielos entre outros atletas com resultados estão espalhados pelo país? Aí concordo com o Francisco alí: é pela sorte que se descobre alguém neste país. Deve-se mudar a cultura de prática dos esporte, do tipo de torcida pelos atletas, e do patrocínio."

Queridão, você cometeu um engano muito comum: elevou uma correlação a uma relação de causa e efeito. Como assim? Vejamos:

É errado dizer que “somente depois de um patrocinador robusto a coisa começou a andar”. Correto seria dizer: somente depois de ter contratado um bom treinador (Oleg Stapenko, ucraniano) e ter dado estrutura adequada (aparelhos de primeiro mundo, seleção permanente treinando em Curitiba) é que a coisa começou a andar. Ou senão no futebol masculino (Nike, Coca Cola), handebol masculino e feminino (Petrobrás), basquete masculino e feminino (Eletrobrás e Caixa Econômica Federal), pra ficar apenas nos exemplos mais simbólicos, as coisas também estariam andando a contento, não?

O importante não é ter dinheiro, mas sim o que você faz com ele. A ginástica foi competente nisso, por isso evoluiu. É aí o ponto: correlação é ver no patrocínio forte um indício de melhoria competitiva. Mas esta melhoria só se dá MESMO se o patrocínio forte for direcionado pras coisas certas – coisa que o nosso Brasil-sil não faz e nunca fez, com as exceções de praxe. Eis a relação causa-efeito.

Acha que erro? Então veja o quadro de medalhas, já atualizado com o (fantástico!) ouro da Maureen Maggi:

Clique na imagem para ampliar

Ucrânia, Jamaica, Belarus, Romênia, Eslováquia, Etiópia, Georgia e Quênia. Será que estes países contam com dinheiro de patrocinador (ou mesmo do governo) pura e simplesmente? Ou apenas têm estrutura adequada para formação e lapidação de atletas? That’s the point, my dear. Não somos atrasados por pobreza. Somos por burrice, o que é mais grave.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Olímpicas - situando as coisas

Motivado por comentários (sim, no plural!) do post abaixo, resolvi fazer um post-resposta. Não acho que o problema do esporte brasileiro seja falta de investimento. Ou ainda, não acho que seja somente este o problema. Pra ser honesto, nem acho que é o maior problema.
O problema é o caráter. É a alma do povo. Aquela mentalidade tacanha de que "o importante é competir" quando, é claro, só entra pra competir aqueles que querem ganhar. Ora bolas, não é esse o sentido da competição, do esporte? Não faria melhor que o Reinaldo Azevedo, por isso recomendo a leitura de 02 textos (aqui e aqui) para clarear mais as coisas.
É questão de formação de um povo, do seu caráter mesmo. Desde "a copa do mundo é nossa, com brasileiro não há quem possa!", "70 milhões em ação, pra frente Brasil!", somos um país que divide a vitória e crucifica a derrota. Colocando de forma clara: quando ganha, é o país. Aqui, o fracasso é individual e, como sempre, decepcionante. Mas, vejam só, no esporte, ganha o atleta, não ganha "o país" - idem no que concerne a derrota. Até porquê, o que é "o país"? Esse ente abstrato, indefinível... enquanto o cara treina lá 06, 08, 10 horas por dia, o que "o país" tá fazendo? Essa mentalidade coletivista, senha do nosso atraso econômico, cultural e, como estes Jogos Olímpicos demonstram de forma cristalina, atraso esportivo, é o cerne da questão. O despreparo mental vem daí: nenhum atleta, por melhor que seja, aguenta nas costas o peso de 200 milhões de almas. O atleta tem que pensar em sua performance - e, como parece óbvio, isso por si só já é o bastante. Ter de pensar ainda no "povo brasileiro" faz de algo já naturalmente difícil um exercício impossível. Por que nos damos bem, via de regra, em esportes coletivos? Porque ali há um grupo que divide o peso - embora o escrete de futebol na copa de 50 e mesmo o atual volei masculino que ganha em todo lugar menos aqui acabem corroborando o que escrevo. O atleta individual não: ali, sozinho, numa raia de piscina, ginásio ou pista, é ele e seus sonhos, anseios, virtudes e limitações, alinhadas com os sonhos, anseios, virtudes e limitações de outros atletas, de outras agremiações ou países. Quanto mais pesado ele estiver, com essa cobrança, essa obrigação coletiva, pior pra ele. O tombo do Diego, da Jade, da Daiane, dos Tiagos Pereira e Camilo, do João Derly e de tantos outros "favoritos" brasileiros vem daí. Então, de novo: ninguém aguenta 200 milhões de almas nas costas e ainda tem a performance de um atleta de alto nível; é humanamente impossível. Nossa formação cultural já é bem pouco esportiva, nada competitiva. Sem esse foco, essa disciplina, essa mentalidade esportiva mesmo, creiam-me: podem colocar 200 Petrobrás nas contas destes caras que eles vão continuar amarelando via satélite.

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quarta-feira, 13 de agosto de 2008

A gente nunca chega até as finais

Não gosto de copiar dos outros, mas o podcast do Diogo Mainardi do dia 12 resume muito bem o que penso atualmente do nosso Brasil-sil... íntegra do texto aqui.

"E, à tarde, antes de pegar no sono (...) assisto às reprises das burlescas trapalhadas dos atletas brasileiros. É uma farra. Como é que eles conseguem ser ruins desse jeito? Como é que eles podem perder tanto assim? Eu vaio a TV, assobio para a TV, jogo o travesseiro na TV. Depois viro para o lado e durmo feliz.

O aspecto mais gratificante de se torcer contra os brasileiros é que a gente sempre acaba ganhando. Cada medalha de bronze perdida pode ser comemorada como um triunfo. Mas nossos atletas em Pequim merecem ser festejados por algo muito mais transcendental do que o mero sucesso esportivo. Com suas humilhantes derrotas, eles ajudam a ratificar todos os estereótipos mais grosseiros sobre o Brasil e os brasileiros. O povo dócil. A cultura conformista. O caráter frágil. A personalidade titubiante. O espírito resignado. O pendor para ser eternamente café-com-leite. É reconfortante saber que o país nunca trairá nossas piores expectativas. (...)

O país é uma bateria preliminar dos 200 metros de nado de peito. A gente nunca chega até as finais."

Entonces, segue o hino olímpico brasileiro, by Roger Rocha Moreira. Sem mais.


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terça-feira, 5 de agosto de 2008

Stevie Ray Vaughan

Quando as coisas chegam num ponto em que nem o motorista da van que te leva pra faculdade é confiável, o negócio é ligar uma blueseira no talo e deixar cair. Well there's floodin' down in Texas...

Stevie Ray Vaughan - Texas Flood

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