sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Blues Etílicos

São José dos Campos tem umas coisas doidas mesmo. Dia desses, depois de seis aulas na moleira, mortão, uma colega comenta: "E aí, vai ver o Blues Etílicos sábado?" Cacete, como não?! Uma das minhas bandas favoritas, no Sesc, a dérreau! Avisei o Tutty, gaitista e parceiro de blues desde sempre, e rumamos pra lá. E como foi bom...
A banda está afiada, inspirada e feliz. Lançou um cd muitíssimo bem produzido, um tributo ao grande Mudy Waters ("Viva Muddy Waters", timbrado à-la "Me and Mr Johnson", do monstruoso Eric Clapton). E o som do ginásio estava perfeito: alto sem ser insuportável, claro e bem equalizado. How Many More Times, Cerveja, Misty Mountain, Good Morning Little School Girl, Dente de Ouro... putz, que delícia! Greg Wilson naquela paz de sempre, Claudio Bedran e Pedro Strasser (que eu e Tutty chamamos de Pedro DESTROSSER, porque o cara, literalmente, destrói) demonstrando porque são uma das melhores cozinhas do Brasil. Some-se isso ao arregaço natural de Flávio Guimarães e Otávio Rocha. O primeiro, embora mais contido hoje em dia, é sempre um showman, destruidor. E Mr. Otávio... o que o cara fez com o slide foi brincadeira. Na mão dele a guitarra chora bonito, sem frecuras e maneirismos técnicos. Isso é BLUES, cara! Feeling total.
Na saída ainda pegamos autógrafos nos cd's e dvd's (Ao Vivo No Bolchoi Pub, muuuito bom!) e ainda batemos papo com os caras um bom tempo - todos amáveis, muito gentis. Dali saímos pra fechar a noite brindando com, claro, cerveja.
Uma banda talentosa, inspirada, de muitíssimo bom gosto. Cinco caras da melhor qualidade (tudo "Safra 63", hehe) e eis uma noite pra guardar na memória.
Acaba que, no embalo, baixei tudo deles, mesmo os que já tinha, pra ouvir no carro. E ouvindo tudo de uma vez, as certezas voltam: pra mim, Salamandra é o melhor disco. Dente de Ouro também é muito bom. Água Mineral é um xodó, o IV SERIA um ótimo disco se a gravação não fosse tão ruim. O primeiro é bom pra caramba, San Ho Zay também. A ótima surpresa fica por conta do "A Cor do Universo". Muito bom, mostra uma banda madura, que sabe o que quer. Suingado, provavelmente o disco mais "brasileiro" dos caras. Já é clássico, não paro de ouvir. Algumas composições inspiradíssimas, figurando entre as melhores da banda: Saudações (minha filha mais velha adora), Batida, Cor do Universo, Quero Você, São João Ninguém, A Gosma, Tiro de Largada... aliás e a propósito: que fim levou Vasco Faé, que até é creditado, em algumas resenhas, como novo membro da banda? Ele mandou bem no disco... (ver PS)
Fechando o post com, talvez, o grande clássico da banda. No Sesc foi um barato, e esse clip os caras mesmos disponibilizaram. "E é nessas horas que eu digo pra mim mesmo: nunca mais eu vou beber. Mas vem caindo a tardinha... preparo outra caipirinha."
E de brinde um puta som do Salamandra, Death Letter (cover do Son House, um fantástico bluesman americano). Procurei "Saudações" no You Tube e não achei... então só esses 02 mesmo.




PS: Sobre Vasco Faé (thanks Google): "Foi integrante do Blues Etílicos entre 2003 e 2005 com a qual gravou o CD “Cor do Universo (2003)” Mais sobre o cara: http://www.myspace.com/vascofae

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