Urubuservando
Acabo de ver um documentário na TV Câmara sobre as relações da ditadura militar brasileira com igreja, imprensa, políticos em geral, etc. E, no bloco sobre imprensa me aparece o Alberto Dines, do Observatório da Imprensa, reclamando da publicidade oficial. Que ela acaba maculando a liberdade de imprensa, pois subjuga a atuação de um órgão ao interesse dos anunciantes; a própria distribuição dessa verba oficial obedece a interesses políticos. Tudo muito legal mesmo, tudo certo. Só que o documentário f0i gravado em 2000, reta final do governo Fernando Henrique Cardoso - governo o qual Dines foi um crítico feroz. Ferocidade amansada no alvorecer do governo Lula. Você pode pensar que Dines sempre foi um cara da esquerda e que, uma vez eleito um representante esquerdista, a afinidade ideológica iria ser maior. Ou você também pode entrar no site do Observatório hoje, 10 anos depois, reta finalíssima do governo Lula, e dar de cara com ISSO:

FUNDAÇÃO FORD, EMBRAER, ODEBRECHT e BANCO DO BRASIL. Um banco público, uma construtora com relações históricas com o poder, uma empresa de capital misto e uma Fundação de Pesquisa que é acusada pela própria esquerda de financiar projetos intelectuais ou governamentais alinhados com os interesses da Casa Branca e da CIA. Hoje, provavelmente, Dines não pensa dessa forma.
É, as pessoas mudam mesmo. Ou não?

FUNDAÇÃO FORD, EMBRAER, ODEBRECHT e BANCO DO BRASIL. Um banco público, uma construtora com relações históricas com o poder, uma empresa de capital misto e uma Fundação de Pesquisa que é acusada pela própria esquerda de financiar projetos intelectuais ou governamentais alinhados com os interesses da Casa Branca e da CIA. Hoje, provavelmente, Dines não pensa dessa forma.
É, as pessoas mudam mesmo. Ou não?
Marcadores: análise de discurso, imprensa, Política
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