Literatura britânica
Decepções acontecem. Sempre citei como sendo de Machado de Assis a frase "O menino é o pai do homem". Acho-a profunda e, quase sempre (quando a cito), reconfortante. Pois não é que descobri que a frase não é de Machado? É um (vamos lá, Bakthin) intertexto.
"THE CHILD IS THE FATHER OF MAN"
É da lavra de William Wordsworth, poeta inglês - na verdade, de um poema chamado "My Heart Leaps Up When I Behold". Autor do "Prefácio às baladas líricas", baladas estas escritas com Samuel Taylor Coleridge (que na verdade contribuiu apenas com "Rime of the ancient mariner" - ei, alguém já ouviu falar disso antes? Clica aqui e aqui pra sacar o som com o poema através de gravuras - seriam de Gustav Dore? *), este tema é considerado o "manifesto" do romantismo inglês. Influenciado pela Revolução Francesa, que depois refutou ao ver o que os populares fizeram quando chegaram ao poder (num período que ficou conhecido como "O Terror"). Influenciado mais ainda pela idéia do "bom selvagem", de Rousseau, fato que pode ser notado pela preferência que ele tem em narrar fatos rurais, paisagens bucólicas. Por ser o poeta da gente simples do interior da Inglaterra, acabou tendo grande prestígio popular, apesar de sua linguagem refinada, embora com forte acento emocional (aspecto notável na poesia romântica).
* Não, não são do Gustav Dore. Aqui você tem o poema declamado pelo Nick Gisburne, com gravuras dele. 27 minutos? Creia-me, vale a viagem - if you speak English, of course... Ou aqui, o poema, as gravuras e a música de Gustav Hoyer. Belíssimo...
-x-
Guga, me perdoe. Mas se eu fosse postar sobre o tri em Roland Garros e ainda sobre o Masters de 2000, em Lisboa, eu ia só falar de ti até o fim do ano. Fico devendo essa, manezinho (embora, honestamente, creio que ninguém ligue mesmo, hoho).
"THE CHILD IS THE FATHER OF MAN"
É da lavra de William Wordsworth, poeta inglês - na verdade, de um poema chamado "My Heart Leaps Up When I Behold". Autor do "Prefácio às baladas líricas", baladas estas escritas com Samuel Taylor Coleridge (que na verdade contribuiu apenas com "Rime of the ancient mariner" - ei, alguém já ouviu falar disso antes? Clica aqui e aqui pra sacar o som com o poema através de gravuras - seriam de Gustav Dore? *), este tema é considerado o "manifesto" do romantismo inglês. Influenciado pela Revolução Francesa, que depois refutou ao ver o que os populares fizeram quando chegaram ao poder (num período que ficou conhecido como "O Terror"). Influenciado mais ainda pela idéia do "bom selvagem", de Rousseau, fato que pode ser notado pela preferência que ele tem em narrar fatos rurais, paisagens bucólicas. Por ser o poeta da gente simples do interior da Inglaterra, acabou tendo grande prestígio popular, apesar de sua linguagem refinada, embora com forte acento emocional (aspecto notável na poesia romântica).
* Não, não são do Gustav Dore. Aqui você tem o poema declamado pelo Nick Gisburne, com gravuras dele. 27 minutos? Creia-me, vale a viagem - if you speak English, of course... Ou aqui, o poema, as gravuras e a música de Gustav Hoyer. Belíssimo...
-x-
Guga, me perdoe. Mas se eu fosse postar sobre o tri em Roland Garros e ainda sobre o Masters de 2000, em Lisboa, eu ia só falar de ti até o fim do ano. Fico devendo essa, manezinho (embora, honestamente, creio que ninguém ligue mesmo, hoho).
Marcadores: Bakhtin, Guga, Gustav Dore, Gustavo Kuerten, intertextualidade, Iron Maiden, Machado de Asis, poesia, Samuel Taylor Coleridge, William Wordsworth
4 Comentários:
Tambem sempre achei que a frase fosse do Machado de Assis, fiz até um trabalho sobre ele na escola que abria com essa frase.........
Ai, carambolas! Post novo no Seleta. Já não era sem tempo, né, Rover? (sim, sou folgada e cobro mesmo!). E que post, hein? Eu descobri com um grande amigo que a frase não era do Machadão, sempre pensei que fosse mesmo. Agora, os links para onde você nos mandou viajar... pelamordedeus, hein? Que beleza! por isso que adoro este espaço e cobro mesmo postagens novas. Um grande beijo, querido.
valeu Rover pelos olá lá no blog!
essa semana já vira um post-comentário.
abs
Acho que não está tão longe assim... o fato é que de Machado não é a frase, mas também é fato adjacente o quanto Machado gostava do jeito inglês, de ser, de escrever; adorava, especialmente, humor negro.
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