terça-feira, 6 de outubro de 2009

É só o amor que eu respiro, baby

Ser professor é um sacerdócio. E esta frase um clichê, ok. Mas sair do ensino técnico, com uma proposta livre, talvez até por não ser uma proposta, em termos absolutos, te leva a um certo desconforto do tipo "o que será que vem?", insegurança, frio na barriga. Aliado ao fato de, em tese, quem está numa escola técnica está PORQUE QUER, ninguém o obriga estar ali. Ainda a questão da liberdade de atuação em sala de aula e uma boa dose de maturidade na relação professor - aluno. Com tudo isso, ir lecionar em um colégio, onde até os lugares são determinados pela direção, é algo que tem me ocupado a cabeça direto - por mais que tenha sido algo que tenha batalhado muito e que esteja me deixando feliz, embora beeem cansado. Esta adaptação exige muito - física e mentalmente; cada aula é atuar 50 minutos muito próximo do seu limite, não tem o que dosar: é pancada atrás de pancada, porque dali você sai para outra sala, e dali para outra, e vai-q-vai-q-vai. Não sei ainda até onde chegar, como usar recursos e mediações diferenciadas sem prejudicar o conteúdo (embora tenha o sentimento que vá até ajudar), e a cobrança (de alunos, pais e da própria escola) é imensa. Acredito ter criado empatia com a maioria das turmas, o que é bom. Por outro lado, é muito complicado, visto eles estarem ali, aprendendo aquele conteúdo, praticamente forçados. Tem gente que detesta inglês. Tem gente que nem liga pra inglês. Tem gente que não liga pra nada. Misturados aos que gostam, aos que querem algo, que sabem o que querem - justiça seja feita, número alto entre os estudantes. E esse povo tá todo junto, nas mesmas salas. Mas de uma coisa eu tenho certeza: vencerei. É difícil, mas nunca achei que fosse fácil. Mas também é muito gostoso - call me crazy, if you want.
Sing along: I know, it's only English class. But I like it, like it. (yes, I do!)

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2 Comentários:

Às 27 de outubro de 2009 às 12:25 , Blogger Sabrina Rocha disse...

Você já venceu porque é o melhor...

 
Às 28 de outubro de 2009 às 04:31 , Anonymous Guilherme de Almeida disse...

tanto imagino que seja um desafio enorme tentar enfiar algo na cabeça de adolescente idiotas que admiro os bons professor. Creio que se dará muito bem nisso! quem me dera ter tido um professor tão gente fina no ensino médio quanto voce.

Abç

 

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